Museu Virtual da Válvula Eletrónica

coleção privada de João G. Fonseca Porto

As Válvulas Eletrónicas e o presente espólio

As válvulas termiónicas ou simplesmente válvulas, surgiram inicialmente como dispositivos através dos quais se fazia percorrer uma corrente numa dada direção (díodo), após o que evoluíram, mais tarde, para dispositivos em ambiente de vácuo com grelhas que podiam amplificar e oscilar. Actualmente ultrapassadas pelas mais recentes tecnologia do transístor e do chip, tornaram-se praticamente obsoletas, constituindo objectos de curiosidade, de interesse museológico e didático. Actualmente ainda fazem parte de aparelhos de uso doméstico, nomeadamente fornos de microondas (magnétron) e ainda dos televisores e monitores de vídeo (tubo de imagem), sendo também usadas em equipamentos industriais, radares e transmissores de potência. Hoje em dia muitos consideram e afirmam que o som de um amplificador a válvulas é melhor do que um transístorizado ou de tecnologia digital moderno.

Este site é justamente dedicado a estes componentes que estão na origem da era da electrónica no início do século passado, com nomes famosos como Edison, Fleming, De Forest e tantos outros.

 

A coleção aqui presente (852 tubos electrónicos) é o resultado do espólio de uma vida de trabalho de meu pai, João Fernando Goulart Bettencourt Pereira Porto, como técnico de rádio e eletrónica ao serviço da Força Aérea Norte-Americana (USAF) durante 43 anos, 4 meses e 26 dias, no Esquadrão de Sistemas de Informação da Base Aérea das Lajes na Ilha Terceira, Açores, tendo a seu cargo a manutenção de todos os equipamentos de receção e transmissão da Estação de Comunicações dos Cinco Picos.

João Fernando Goulart Bettencourt Pereira Porto

22 de Fevereiro de 1946

data de início de actividade

ao serviço da USAF

Certificado de 5 de Maio de 1986, atribuído pelo Departamento de Defesa da Força Aérea dos Estados Unidos

Válvula B443

Primeiro pentodo mundial produzido pela Philips em 1926, primeira válvula de grelha múltipla. Só em 1931 a Telefunkem haveria de produzir o tipo equivalente (RES174d).

Lançado no mercado em Setembro de 1927.

Radiomuseum

País: Alemanha, Berlim Oeste

Fabricante/marca: Pawerphon, Werner & Röttger, Berlim Oeste

Ano: 1954/1955

Modelo 110 da FARAS

Tipo: rádio de válvulas - sintonizador de WW2

 Válvulas : DK96 DF96 DF96 DL96 DM70

 Sintonia: apenas onda média

 Alimentação elétrica: 75 + 1, 5 volts

 Alto-falante dinâmico de ímã de LoudspeakerPermanent (PDyn)

 Dimensões  100 x 160 x 100mm

 Peso: (2,2 Lb = 1 kg)

A funcionar sobre um transformador 220V—75V

 

Rádio de Válvulas para bicicleta: FARAS Berlin W

Exemplares do espólio de João G. F. Porto

Gravação em fio metálico

A gravação em fio teve uma vida curta e foi a antecessora da gravação em fita magnética. O primeiro aparelho conhecido foi inventado pelo dinamarquês Valdemar Poulsen em 1899.

Nos anos de 1940 este sistema de gravação era preferencialmente usado a bordo dos aviões para gravação das conversações da tripulação com as estações terrestres,por suportar altas temperaturas ser mais robusto e compacto. A sua utilização estendeu-se durante os anos 50 até 70 na tecnologia aeroespacial.

Bobine de fio de seda magnético

Bobine de fio metálico produzido por The Recordisc Corp, New York, Supertone erasable, High Fidelity Stainless Steel.

Fio de sede aplicado na execução de bobines para solenóides e electromagnetos.

Esta foi produzida pela New England Electrical Works, Lisbon N.H. e consiste em fio de seda duplo.